quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Adaptação

Culturalmente falando, a minha adaptação em Salvador está sendo bastante difícil. Sou daquele tipo de pessoa que não deixa passar certas mediocridades do ser humano.
Eu ainda não consegui engolir que a falta de educação das pessoas, as tornam relapsas com o meio ambiente. Não sou eu quem vai mudar o mundo, mas continuo tentando, em vão.
Tenho feito caminhadas na praia, para evitar que a síndrome do pânico faça parte da minha vida e vi aburdos. Se eu quisesse, teria retirado da areia podre pela sujeira das barracas da orla, objetos dos mais diversos seguimentos, como interruptor de luz, garrafa de uísque, etc.
As pessoas levam seus cachorros para fazer cocô na praia! A beleza das praias aqui é de tirar o fôlego, mas poucas estão limpas para banho.
Outra coisa que me incomodou bastante, é a mania das pessoas de pedir coisas pra gente nas mesinhas de bar, e ficarem putíssimas se você não quiser dar. Para isso eu criei uma solução, comprei camisetas e colocarei os dizeres: “Não sou turista”. Sim, sim, eles acham que podem e devem explorar os turistas. Se o corte de cabelo custa R$ 5,00 para um baiano, para um turista, varia bastante.
Não me sinto turista aqui. Eu consegui discernir bem minha mudança para uma cidade que vive do turismo, sem me deixar afetar por ele. Fui numa festa no Pelourinho numa terça-feira, chamada Gerônimo. E gostei muito! Conheci muito dos assuntos, para mim, jamais cogitados.
Eu realmente, não tive pretensão alguma de vir morar aqui. E ainda prefiro gente chucra à gente sem educação. E apesar de parecerem iguais, são muito diferentes.
Mas tem o lado bom da coisa. Eu levo minha filha no parque à tardezinha. Vejo o mar todos os dias e ele me acalma muito. Brinco com a nossa cachorrinha, enquanto escuto o dedilhar no violão, que o Cá teima em tocar. Eu acordo com o sol no meu rosto e isso é impagável. O calor nos faz melhores amantes, melhores amigos, melhores pais e isso não estou disposta a trocar, pelo menos por enquanto.
ps: Escrevendo de uma lan house, sem tempo de corrigir o texto.