segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Manias podres da infância

"Quando eu era criança eu comia giz. Assim...simples. Pegava o giz da lousa que ficava na lateral da sala e comia. Como se fosse um filé mignon. Mas eu tive outra fase. Comia cola tenaz. Colocava na mão. Deixava secar e depois tirava cuidadosamente pra deixar a lasca maior e comia. Uma delícia. Já comi tijolo baiano. Aqueles vermelhos que grudam quando você baba. Serviam de revólver quando brincávamos de polícia e ladrão. Ranho era básico. Metia o dedo no nariz e sem pudor nenhum enfiava a catota pra dentro da boca. Salgado. A unha do pé era uma coisa periódica. Tinha que deixar crescer pra depois parecer uma contorcionista chinesa e comer, na maior das conquistas corporais."

Carlos Vidigal

"Fiquei em um externato quando criança. A famosa creche do Jardim Paranaense. Imaginem a infância que tive? Eu amava comer massinha de modelar. Nossa, eu não via a hora de chegar o recreio para comer aquelas delícias coloridas, que na época (coisa de gente com mais de 30) provavelmente eram tóxicas. Outra das belezuras comestíveis eram as casquinhas de ferida. Eu caia direto de bicicleta, das árvores de ameixa ou de qualquer lugar e quando elas estavam marronzinhas, estavam prontas para a degustação. Eu também amava a cabecinha dos palitos de fósforo, depois de acesas e queimadas, nossa era muito bom. Muitas vezes eu degustava uma terra bem torrada de sol. Sabe aquela terra de quintal que está podre e bem suja, principalmente aquelas bem vermelhas, eram ótimas."

Mei Machado
E você, qual mania podre tinha?

domingo, 28 de outubro de 2007

Concurso


Minha gatinha está participando do seu primeiro concurso artístico. Nós pintamos, fizemos colagens com jornal, feltro, olhinhos de boneca, giz de cera, lápis de cor e papel contact. E o resultado está abaixo.

O papai enviou para a TV Cultura e se o desenho for escolhido, ela ganhará um kit do Cocoricó. Ela se emocionou quando teve que dar tchau para o desenho e pediu que tirassemos uma foto. Estamos na torcida.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Riscos e Rabiscos

Nossa filha de 3 anos, 5 messes e 2 dias estava brincando de desenhar ontem e entre todos os maravilhosos desenhos que ela fez, esse aqui me chocou. Eu não dominio bem um lápis, o máximo que faço é ajudá-la a pintar aquelas revistinhas "pinte e brinque". Em breve usarei esse desenho como estampa para uma camiseta. O pai dela quer mandar a foto para o Thom Yorke, pois acha que a mesma sofreu influência, devido as inúmeras vezes que escutamos o último cd In Rainbows do Radiohead. E não é que essa imagem ficaria boa no encarte do cd?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Customização


A Olívia estava com dois vestidinhos que não serviam mais. Um é com o tema do Popeye e tem a Olívia bebê. Era de quando ela tinha uns 6 meses. O outro nós compramos numa lojinha de bairro que existe desde que o pai dela era bebê. Para customizar eu usei apenas linha, agulha, máquina de costura, linha de bordar e botões do próprio vestido.

Os passos são simples:
1 - Eu desfiz toda a costura que separa o corpo da saia.
2 - Fiz uma costura reta na borda da parte superior do vestido, pelo avesso.
3 - Dobrei cerca de 3cm e costurei, também com a reta, o vestido de ponto à ponto, deixando um pequeno espaço para passar o elástico.
4 - Medi na cinturinha para ver o quanto de elástico era necessário e cortei.
5 - Passei o elástico e amarrei com um nó na abertura lateral.
6 - Finalizei na máquina mesmo a pequena abertura e pronto.

ps: Para a saia do Popeye, eu bordei as florzinhas com linha de bordar vermelha e preguei os botões que eram da parte de cima do vestido, no centro delas.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Bolsa Moby Dick

Há um tempo atrás, quando eu ainda morava em São Paulo, uma amiga nossa engravidou e eu pensei na produção de um presente que ela gostasse. Tivemos que esperar para saber se era menino ou menina e nesse meio tempo, nos mudamos. O projeto estava na minha cabeça e o molde pronto, mas a linda Sophia nasceu e só hoje eu terminei a bolsa. A Sophia já está com alguns meses e espero que ela goste do presente que fiz.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Colagem


Eu tenho um quartinho de costura só para mim. Lá "ninguém entra", teoricamente é claro. Mas a questão não é essa, eu queria pôr cortina ou algo para dar vida a ele. Foi mexendo na minha pasta de moldes que encontrei desenhos dos meus sobrinhos. Eu tenho cinco sobrinhos que amo muito e uma que já partiu, são eles com suas breves descrições:



1º - Ana Paula - Ela é a primeira mesmo. O dia do nascimento dela foi muito importante pra mim. Eu estava na praia em Santa Catarina e recebi a notícia, eu tinha 14 anos e lembro que chorei muito. Corri para o telefone e mal conseguia falar. Estava tão eufórica que queria vê-la pelo telefone mesmo. Ela nasceu em Curitiba-PR. Hoje ela tem a idade que eu tinha, quando ela nasceu, e é linda.



2º - Paulo Henrique - É irmão da Ana e os dois têm pouca diferença de idade. O Paulo nunca quis passear comigo. Só foi no parque da Mônica uma vez e não chorou. Nas outras tentativas de levá-lo para passear ele não ia ou se ia, chorava muito. Ele sempre achou que todos amam mais a Ana, pois ela é a primeira. Mas isso não é verdade. A verdade é que ele sempre foi e ainda é colado à minha irmã e isso dificulta o entrosamento. Ele é extremamente inteligente e o que mais gosto nele é que além de ser afinado e participar de festivais de música, lê bastante e mantêm suas amizades com zelo.



3º - Renata - A Renata era minha terceira sobrinha. Infelizmente ela faleceu e trouxe muita tristeza pra gente. Eu não costumo falar muito sobre a morte, mas resolvi citá-la. Da mesma forma que o nascimento da minha primeira sobrinha veio como uma notícia maravilhosa pelo telefone, a notícia da morte da Renata também, só que na segunda, traumática.



4º - Nathália - A Naty, como costumo chamá-la é inteligentíssima! Você consegue manter um papo interessante com ela e ao mesmo tempo perceber o quanto ela ama ser criança. Ela é a que me manda desenhos maravilhosos e foi a primeira a me enviar uma cartinha pelo correio. Ela ainda estava no jardim de infância quando fez isso pela primeira vez. Ela adora bonecas de pano e estou devendo uma mochila de boneca de pano com cabelos loiros e olhos azuis.



5º - Matheus - Ele é o irmão da Renata e eu o adoro por alguns motivos. O primeiro deles é que o Matheus tem uma serenidade que qualquer um dúvida. Ele também é muito sensível e se emociona com partidas. O Matheus não exige nada de ninguém, pelo contrário, ele fica feliz apenas de levarmos ele até o portão da escola segurando em sua mãozinha. Das experiências que tive com ele e que me trazem lembranças felizes, foi o dia em que fomos no circo. Foi muito legal!



6º - Nara - Ela é filha do meu primo, mas eu a considero sobrinha, pois minha mãe e minha avó é que o criaram. A personalidade da Nara é a de um líder. Se tiverem 10 crianças brincando, quem estará no comando é ela. E é inevitável. Ela não escolhe. As crianças escolhem ela. É de uma beleza impressionante. Tem uma mecha natural bem clara nos cabelos lisos e de cor castanho bem clarinho.



E a escolha da decoração da minha janela do quartinho são desenhos, envelopes de cartas recebidas, desenhos de mãozinhas, cartõezinhos postais que me remetem à esses lindinhos ai de cima. Sim, sim, eu sou uma tia coruja que sempre amei o título de "tia" e espero que eles leiam e me mandem mais e mais cartinhas.


quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Modalidade

Criei um blog somente para meus artesanatos e divulgação de idéias, sejam elas quais forem e este ficará para postar tudo que seja relacionado à crianças. Desde objetos que você pode fazer na sua casa com material reciclável para alegrar seus lindinhos, até blá, blá, blá de mães corujas.
Estamos com a intenção de fazer bonequinhos para doar no dia das crianças. Se alguém souber de algo fácil e tiver o molde, me mande no email: magamei@hotmail.com. O enchimento será feito de isopor. Porque isopor? Ora, porque isopor não é fácil de ser reciclado e fica jogado às traças pela rua. E o que a gente tem a ver com isso? Ah sim, deixa eu explicar melhor. Aqui, em Salvador é muito, mais muito comum mesmo achar zilhões de pedaços de isopor na rua. A impressão é que sempre tem alguém mudando pra cá e esse isopor todo é recolhido pelo lixo comum, pois não tem coleta seletiva. Eu soube que no lixão é separado tudo, mas isso não muda muito, porque, voltando ao assunto lá em cima "isopor mesmo reciclado é reduzido à nada" o que não é interessante para quem recicla. Resumindo, ele é largado lá, junto com o lixo biodegradável. Existem algumas empresas que estão produzindo isopor, digamos, mais natural, mas infelizmente o isopor leva 400 anos para se decompor.
Bom, onde eu quero chegar? Precisamos quebrar esse isopor todo e usá-lo dentro de algo, certo? Então eu pensei em bonequinhos feitos de pluminha. Mas se alguém tiver sugestões do que fazer e também de como moer isopor, me passe.
Coloquei uma foto da Margaridinha ao lado com um binóculo feito de rolinhos de papel higiênico. É simples, pinte os rolinhos por dentro e por fora, deixe secar. Depois junte um ao outro, eu dei um ponto com linha de naylon e passei cola também. Faça dois furinhos para por o barbante e está pronto!
Eu criei uma historinha para minha filhota assim: "Era uma vez, uma menininha que podia enxergar tudo em seu reino; tudo mesmo, pois ela tinha um binóculo mágico. Ela olhava para a mamãe e tcharam (uma rainha), olhava para sua cachorrinha Madelaine e voilá, um bobo da corte e assim ela olhava para tudo e via surpresa que era só desejar e lá estava."
É, eu sei, puxei sardinha para meu lado, mas ela é minha filha, né? rs*